sexta-feira, 3 de julho de 2020

Luto infantil: Vamos falar sobre


Olá Amores!

Como vocês estão? Hoje o assunto é bem delicado, e a futura psicóloga Aline Brito , vem nos auxiliar como falar sobre o "LUTO"com os nossos pequenos.


Luto infantil: Vamos falar sobre

Sim, pode parecer um assunto pesado, mas é necessário lidarmos com ele, e por ser um assunto delicado vamos dividi-lo em algumas partes!

Seja a perda de um avô, um pai, um colega de classe ou até um animal de estimação amado da família, o processo de luto pode ser difícil e toda criança sofrerá à sua maneira. Pais, cuidadores e educadores que se perguntam como podem ajudar então vamos lá!

Todos lidamos com a morte e o sofrimento de maneira diferente. Se você tem vários filhos, pode descobrir que eles expressam como estão se sentindo de maneiras surpreendentemente divergentes. Isso pode se resumir à personalidade e à idade do desenvolvimento.

É fato que as crianças sofrem de maneira diferente dos adultos. As crianças pequenas podem nem entender o que significa a morte ou que as pessoas que morreram não voltarão. Eles podem se preocupar por terem feito algo para causar a morte. Por outro lado, eles podem não parecer muito preocupados com isso ou até passar de chorar um momento para querer tocar o próximo. Também é normal que uma criança sinta raiva da pessoa que morreu (ou de alguém completamente). À medida que as crianças crescem, elas podem começar a entender mais, mas ainda precisarão da ajuda de seus pais e de outros responsáveis ​sobre como processar e lidar com as perdas.

Saber o que dizer e como apoiar as crianças durante esse período não é fácil. É provável que você também esteja sofrendo e tentando lidar com suas próprias emoções. Embora não consiga proteger as crianças da perda e da dor que elas podem causar, você pode desempenhar um papel importante, ajudando-as a se sentirem seguras e a lidar da maneira mais saudável possível.

As crianças de até 5 anos lidam com a morte como algo que pode ser revertido. Já as que possuem entre 5 e 9 anos de idade, enxergam como o final da vida, e por fim somente após essa  essa idade é que conseguem entender como algo que fogem do controle humano, que pode acontecer com qualquer pessoa, independente de serem idosos.

A forma como a criança elabora a perda de uma pessoa querida possui algumas variáveis como fatores cognitivos e emocionais; relação com a pessoa perdida, ou a forma como tudo ocorreu; a dinâmica familiar e o modo como ela recebeu a informação sobre o ocorrido; mudanças no dia a dia da família.

 Mas o que eu vou falar para a criança?

Se possível, a pessoa que entrega as tristes notícias deve ser a pessoa mais próxima da criança, mesmo que essa pessoa seja um pai ou uma mãe que também esteja sofrendo. Tudo bem se a pessoa que compartilha as notícias estiver triste ou chorando, mas ela não deve ficar tão sobrecarregada que não tenha controle sobre suas emoções, o que alarmaria ainda mais a criança em uma situação já assustadora e difícil. Se o pai enlutado estiver chateado demais para entregar as notícias com certa calma, deve ser a próxima pessoa mais próxima da criança que dá as notícias

O que falar e como?

Não há um momento perfeito para compartilhar as notícias, para que as crianças sejam avisadas o mais rápido possível, dentro do razoável. Espere até o final do dia letivo, se forem apenas algumas horas. A principal consideração é que você não quer que seu filho ouça as notícias inesperadamente de alguma outra fonte ou entre em uma situação em que haja um monte de adultos por aí chorando ou em choque, o que pode ser muito assustador para ele.

Seja atencioso sobre onde conversar. Você quer contar a seu filho sobre a morte em algum lugar onde ele possa se sentir livre para ter qualquer reação que ele tenha, e isso provavelmente não será um local público. Você pode ter o impulso de diminuir o golpe compartilhando as notícias em um local feliz, como uma sorveteria favorita, mas saiba que um tratamento não tornará as notícias menos tristes ou difíceis para a criança.

Tente usar a linguagem direta e esteja preparado para dar uma breve explicação de como ou por que a morte ocorreu porque as crianças serão curiosas. Você não precisa entrar em muitos detalhes, no entanto. Com as crianças, você deseja começar com a quantidade mínima de informações e adicionar mais com base nas perguntas que elas fazem. Desde que seja feito de maneira calma e compassiva, é melhor manter as explicações mais curtas, mais simples e mais diretas.

Os tipos de perguntas e preocupações que as crianças têm podem ser muito diferentes dos dos adultos. Dar muita informação às crianças pode sobrecarregá-las. É melhor deixá-los fazer perguntas e depois responder da melhor maneira (e mais apropriada ao desenvolvimento) que puder. Não se surpreenda se as crianças pequenas se preocupam principalmente consigo mesmas. É assim que as crianças são.

·      Incentive as crianças a expressarem seus sentimentos. Não tente "proteger" ou "abrigar" crianças tentando esconder sua própria tristeza. Eles sempre saberão que algo está errado, mas ficarão sozinhos e confusos. Esconder sua própria tristeza também pode fazer com que as crianças sintam ruim a tristeza que elas podem estar sentindo. No entanto, tente não deixar que as crianças o vejam nos momentos mais perturbadores, pois elas podem começar a se preocupar com você ou a se sentir inseguras.

·      Não use eufemismos. Evite frases como "faleceu", "sumiu", "nós o perdemos". As crianças tendem a ser muito literais, e esse tipo de linguagem confusa as deixa ansiosas, assustadas e muitas vezes confusas. Ou, inversamente, pode levá-los a acreditar que o falecido voltará e que a morte não é permanente.

·      Mantenha as rotinas normais o máximo possível. O luto leva tempo, mas as crianças se beneficiam da segurança de rotinas regulares e sabendo que a vida continua.

·      Memorialize a pessoa que morreu. Lembrar é parte do luto e parte da cura. Isso pode ser tão simples quanto compartilhar memórias da pessoa que morreu ou revelar o nome da pessoa que morreu, para que seu filho saiba que não é um tabu falar e lembrar dessa pessoa. Também é importante manter as fotos por perto.


Na próxima semana falaremos um pouco mais sobre isso! E lembre se sempre, não existe manual, conheça suas emoções e aceite suas tentativas de erro e acerto. Você está fazendo o melhor que você pode com as ferramentas que você tem em mãos!  Não percam! Um grande beijo!

 

Até lá




Beijos! Beijos!

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